Prejuízo passa de R$ 153 milhões e retorno às
atividades deve levar 27 dias
Rio, 18 de janeiro de 2011
Pesquisa do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com 278 empresas da Região Serrana mostra que 62,2% delas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas que provocaram enchentes na semana passada. O prejuízo do grupo ouvido passa dos R$ 153,4 milhões, entre perdas de produção, matéria-prima e estoques de produtos acabados. O tempo médio estimado para o retorno às atividades foi de 27 dias.
A cidade mais atingida foi Nova Friburgo, onde 79,8% das empresas sofreram algum impacto. Em Teresópolis, foram 68,8%. Petrópolis foi a menos afetada, com 30,7%. O tempo estimado de retorno é maior em Teresópolis (36 dias) e menor em Petrópolis (24). Friburgo ficou na média de 27 dias.
Entre as empresas afetadas em toda a Região Serrana, 83,2% relataram falta de energia elétrica; as linhas telefônicas caíram em 73,4% dos casos; 67,6% das empresas trabalharam com quadro funcional reduzido; 38,2% enfrentaram alagamentos no entorno da empresa, e 21,4%, alagamentos dentro da própria empresa.
Entre as que sofreram perdas com os alagamentos, 70,3% tiveram seus estoques de matéria-prima afetados. O estoque de produtos acabados foi atingido em 62,2% dessas empresas.
A ausência dos funcionários foi um dos grandes problemas. Considerando as 117 que foram afetadas, 92,3% registraram faltas na parte de produção, e 41,9% no setor administrativo. Em média, na produção, as ausências chegaram a 65,3% do quadro de funcionários. No setor administrativo, o índice chegou a 69,5%.
A dificuldade para o retorno às atividades normais passa pelos problemas com a infraestrutura, tanto dentro como fora das empresas. De acordo com a pesquisa, 65,3% das empresas foram afetadas em sua capacidade de produção; 62,4% têm dificuldades no escoamento da produção; e 59,5% não conseguem receber matéria-prima adequadamente.
Das 278 empresas que participaram da pesquisa, 129 são de Nova Friburgo, 88 de Petrópolis, 48 de Teresópolis, sete de Areal, cinco de Sumidouro e uma de São José do Vale do Rio Preto. São 272 indústrias de transformação e seis da construção civil, de todos os portes. O grupo das microempresas é o mais representativo: foram 183, ou 65,8% da amostra. A margem de erro é de 5,3%.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIRJAN
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