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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Peritos vão acelerar identificação de corpos na Região Serrana do Rio


Doze peritos da Polícia Civil, divididos em duas equipes, deixaram nesta terça-feira (18) o Rio de Janeiro, rumo a Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do estado , para reforçar o trabalho de identificação de corpos na região. Cada equipe conta com dois médicos-legistas, dois papiloscopistas, um perito especializado em odontologia e outro técnico-legista.
Segundo o diretor-geral da Polícia Técnica e Científica, Sérgio Henriques, devido ao adiantado estado de decomposição dos corpos, o trabalho agora se limita à coleta de material para exame de DNA e ao exame de odontograma para as vítimas que, eventualmente, possuam registro de atendimento em clínicas odontológicas. Ele lembrou que os cadáveres reconhecidos nos primeiros dias, já sepultados, foram catalogados e passarão por uma confirmação.
“O trabalho foi dividido. Em parte dele, foi feita a coleta individual das impressões digitais e a família, no próprio local, foi reconhecendo [os corpos]. Agora, todo o trabalho é catalogado, nós trazemos para o Instituto de Identificação Félix Pacheco para ter a confirmação, porque nada impede que um ou outro familiar, até pelo estado emocional, tenha feito essa identificação errada”, informou.
De acordo com Henriques, os especialistas trabalham em quatro frentes: coleta do material genético, identificação das vítimas, emissão da certidão de óbito e liberação para enterro. Em média, o exame de DNA levará 30 dias para ficar pronto. Somente em Teresópolis, ainda existem 39 corpos que não foram identificados. O diretor-geral lembrou que os outros corpos encontrados na cidade já foram enterrados.
“Nos primeiros dias a gente se deparou com cerca de 250 pessoas mortas e aí foi um trabalho de mutirão. Mas nós demos total apoio às famílias, no sentido de liberar os corpos”, disse o diretor.
Grande parte dos peritos que estão atuando na região serrana do Rio esteve presente nas catástrofes ocorridas em Angra dos Reis e no Morro do Bumba, em Niterói, no ano passado. Até o momento, foram confirmadas 676 mortes em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim.

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